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Síndrome gripal: informações sobre diagnóstico e importância da prevenção.

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Dr. Luis Alberto Verri 
Médico CRM SP 5116

A Síndrome Gripal (SG) é uma infecção aguda que ocorre nas vias respiratórias superiores. Ela engloba um conjunto de sintomas e sinais apresentados pelo paciente, tais como:  

  • Febre que surge de forma repentina, acompanhada de tosse ou dor de garganta; 
  • Coriza ou obstrução nasal, e acrescidos de pelo menos um desses três quadros mialgia, artragia ou cefaleia. 

Embora normalmente indique doenças de menor gravidade, a Síndrome Gripal (SG) pode evoluir para quadros de complicações e até mesmo óbito naqueles indivíduos que fazem parte dos grupos de maior risco, como idosos, pessoas com imunossupressão e bebês. A (SRAG), Síndrome Respiratória Aguda Grave, é um desses possíveis desdobramentos graves  

A Síndrome Gripal pode ser causada por diferentes tipos do vírus Influenza incluindo H1N1, H3N2 e Influenza B e por outros vírus tais como Adenovírus, ParaInfluenza, Rinovírus, Coronavírus e o vírus Sincicial Respiratório (VSR). 

Como afeta os bebês?  

Em recém-nascidos prematuros e bebês com menos de 2 anos que estão ainda com sistema imunológico em formação, a infecção pelo VSR pode trazer mais riscos, sobretudo naquelas crianças que apresentam doenças pulmonares crônicas ou doenças cardíacas congênitas, podendo evoluir para quadros mais graves de bronquiolite ou pneumonia.  

Idosos também se enquadram como grupo de risco por conta do sistema imune se tornar mais frágil com o avanço da idade. Embora o Vírus Sincicial Respiratório circule mais entre março e julho, muitos casos têm ocorrido também fora desta sazonalidade. 

O papel da vacina contra influenza na prevenção da síndroma gripal 

No contexto da prevenção, a imunização é altamente recomendada para evitar os sintomas gripais e os temidos desdobramentos da SG. As vacinas contra Influenza oferecem altos níveis de proteção. O fato de o indivíduo estar vacinado também contribui para facilitar o diagnóstico por exclusão, uma vez que os sintomas causados pelos diferentes vírus são muito similares. 

  • Gestantes: a vacinação contra Influenza em gestantes também é importante, pois a proteção se estende ao recém-nascido que ainda não tem idade suficiente para ser vacinado, uma vez que a mãe passa os anticorpos ao bebê. 

Demais cuidados de biossegurança, que vão desde a lavagem das mãos, vacinação de todos os familiares que convivem com bebês pequenos e adoção de hábitos saudáveis que contribuem para a boa imunidade também são fundamentais para a prevenção de doenças respiratórias de fácil contágio e da SG e SRAG. 

  • População idosa: mais suscetível ao agravamento dos sintomas causados pelo Influenza, conta atualmente com os benefícios de uma imunização contra gripe específica para pessoas 60+. Esta nova vacina é quadrivalente e conta com uma concentração maior de antígenos, justamente para proporcionar uma melhor resposta imune na população desta faixa etária. 

Influenza e baixa cobertura vacinal 

Influenza é uma doença imunoprevenível, ou seja, a imunização contribui fortemente para evitá-la. A informação e conscientização são fundamentais para quer haja uma melhor adesão à vacinação como medida preventiva ao contágio.  

A baixa cobertura vacinal expõe não apenas o indivíduo, mas a comunidade como um todo. Quanto mais pessoas vacinadas, menor é a circulação do vírus e menor o risco de surtos da doença. 

A vacina contra Influenza trivalente, com a composição para 2024, já está disponível nos postos de saúde para grupos específicos. Já a vacina quadrivalente e a vacina contra gripe específica para idosos são encontradas apenas nas clínicas particulares de vacinação. 

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