Vírus Sincicial Respiratório: saiba o que é e como prevenir
O Vírus Sincicial Respiratório é uma infecção das vias respiratórias e é considerado o principal fator de infecção no sistema respiratório das crianças menores. Apesar de ser uma doença relativamente desconhecida, trata-se de um problema de saúde que merece atenção.
Mas, claro, com orientação médica e comprometimento ao tratamento, é possível garantir a qualidade de vida do seu pequeno. Confira aqui mais informações.
O que é VSR?
O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é um dos principais vírus que atingem lactentes (crianças que estão amamentando) e crianças menores no trato respiratório inferior, isto é, composto pelos órgãos localizados na cavidade torácica, como parte inferior da traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões.
Vale salientar que o VSR é responsável por até 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias durante os períodos de sazonalidade, ou seja, de determinadas épocas do ano, como você verá mais adiante.
O vírus pode causar desde uma simples tosse até uma pneumonia mais grave, mas a sua manifestação mais comum é pela bronquiolite viral aguda, que causa dificuldade respiratória.
Lactentes de até seis meses e que tenham nascido prematuras ou crianças que tenham doença pulmonar crônica vinda da prematuridade ou, cardiopatas, representam o grupo de maior risco de desenvolver infecção mais grave, com internação entre 10% e 15% dos casos de VSR.
A prematuridade, aliás, é um dos maiores fatores de risco para hospitalização no caso do vírus. Em prematuros com menos de 32 semanas gestacionais ao nascer corresponde a 13,8% dos casos de internação.
No caso de malformações cardíacas, há uma relação entre maiores índices de hospitalizações e casos mais graves de VSR. Mas não se assuste – a maioria das crianças com infecções respiratórias possuem apenas sintomas leves do vírus.
Períodos de sazonalidade
Sobre o VSR, vale salientar que ele tem o período de sazonalidade, ou seja, períodos nos quais a doença se espalha mais facilmente. Geralmente, o período sazonal do vírus é no outono e no inverno. No entanto, isso varia conforme a região do Brasil, como veremos a seguir:
Norte | Fevereiro a Junho |
Nordeste | Março a Julho |
Centro Oeste | Março a Julho |
Sudeste | Março a Julho |
Sul | Abril a Agosto |
Diante disso, recomenda-se a imunização dos bebês para preveni-los contra a infecção por VSR durante os meses que o vírus está mais em alta, de acordo com a região de residência. O ideal é imunizar as crianças ou bebês uma vez ao mês, em até cinco doses, durante o período sazonal.
É fundamental consultar um médico para que ele dê a orientação adequada para a imunização.
Como o VSR é transmitido?
O VSR é transmitido pelo contato direto com secreções respiratórias de pessoas infectadas ou por meio de superfícies e objetos contaminados. A infecção ocorre quando o material infectado atinge o organismo por meio dos olhos, da boca ou do nariz ou ainda pela inalação de gotículas que vêm da tosse ou do espirro.
O período de incubação da doença é estimado entre quatro e cinco dias. Já em recém-nascidos, crianças em fase de amamentação e pacientes imunocomprometidos, o vírus pode se prolongar por períodos de 3 a 4 semanas.
Segundo artigos publicados na The Lancet e The New England Journal of Medicine, o VSR é responsável por quase 34 milhões de infecções respiratórias anualmente em crianças com menos de 5 anos.
Em caso de sintomas, não deixe de procurar um médico para que ele dê o diagnóstico e o tratamento adequados.
Quais são os possíveis tratamentos?
Ainda não há um tratamento 100% eficaz no caso do VSR em crianças. Ou seja, o tratamento é de suporte e os pacientes apresentam boa evolução. Porém, com ajuda médica e seguindo as dicas do médico corretamente, é possível que seu filho viva uma vida normal.
Os tratamentos estimados são:
- Higiene das mãos com água e sabão ou álcool 70%;
- Manter alimentação adequada à idade da criança;
- Higiene nasal com solução contendo sal;
- Uso de antitérmicos, se for necessário;
- Reavaliação médica, se houver sinais de reincidência;
- Orientação aos pais ou cuidadores sobre os sinais de alerta quanto aos sintomas do vírus.
Conforme falado acima, medidas como hidratação, aspiração por vias aéreas superiores e fisioterapia respiratória são recomendadas. Lactentes que tenham bronquiolite viral aguda (BVA) podem ter dificuldade para comer devido à congestão nasal e pelo esforço para respirar.
Em alguns casos, como os de bebês prematuros com doença pulmonar crônica ou com doenças cardíacas congênitas, poderá ser necessária a aplicação de uma espécie de vacina, chamada de palivizumabe, que ajuda na redução dos casos de hospitalização, mas, claro, somente sob autorização e supervisão médica.
Consulte o médico da sua confiança e siga o tratamento corretamente, pois, assim, o seu pequeno vai conseguir viver com qualidade de vida e sem complicações!
Como prevenir o Vírus Sincicial Respiratório?
Deve-se evitar que os bebês fiquem em ambientes fechados com aglomeração, além da higienização das mãos dos pais ou cuidadores e de objetos que eles têm acesso. Também não se recomenda o contato da criança com adultos gripados ou resfriados.
Outras recomendações são não expor a criança à fumaça do cigarro, devido à possibilidade de bronquiolite e não descuidar do aleitamento materno para manter a imunidade do(a) pequeno(a).
Como podemos ajudar?
O programa Respire Sem Crise é uma iniciativa do Movimento Asma Zero da AstraZeneca e foi criada pelo Programa FazBem para apoiar o tratamento do seu filho(a) para que ele respire e viva de forma plena.
Mais uma iniciativa do FazBem para auxiliar pais e cuidadores a cuidarem da saúde de bebês, o FazBem Baby é o programa de cuidado e apoio para recém-nascidos da Astrazeneca.
Se você já era paciente do antigo Programa de Pacientes para a imunização contra o Vírus Sincicial Respiratório, fique tranquilo, pois o produto continuará disponível pela Astrazeneca e você terá todo o suporte necessário para continuar cuidando de seu bebê!
Agora, se você ainda não está no programa, para se cadastrar no FazBem Baby, basta preencher o formulário que está disponível aqui.
Referências:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Diretrizes_manejo_infeccao_causada_VSR2017.pdf
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/pdfs/diretrizes_manejo_infec_vsr_versao_final1.pdf
https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/sintomas-doencas-tratamentos/virus-sincicial-respiratorio/
https://pebmed.com.br/papel-do-virus-sincicial-respiratorio-nas-pneumonias-infantis/